Criador de mais de 200 personagens, Chico Anysio
foi sucesso no rádio, na TV e no teatro. Confira um resumo da carreira
do humorista.
O humorista Chico Anysio morreu às 14h52 desta sexta-feira (23) no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro.
Fonte:http://revistaepoca.globo.com

O humorista Chico Anysio morreu às 14h52 desta sexta-feira (23) no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro.
Nascido em Maranguape, no Ceará, em 12 de abril de 1931, Francisco
Anysio de Oliveira Paula Filho chegou ao Rio de Janeiro aos sete anos de
idade. Chegou a estudar advocacia, mas foi no rádio que encontrou sua
verdadeira vocação. Antes de completar 18 anos de idade, já participava
de programas de calouros e chamava atenção pela facilidade que tinha em
criar diferentes vozes e personagens.
Seu primeiro trabalho profissional foi na Rádio Guanabara, uma das mais
famosas do Rio de Janeiro à época. Na emissora, atuava como locutor,
ator, comentarista esportivo e autor de programas. O sucesso fez com que
ele se transferisse para a Rádio Mayrink Veiga, onde chegou a escrever
13 diferentes programas por semana.
Depois de passar por diversas emissoras de rádio na década de 40, Chico
foi parar na televisão, chegada ao país em setembro de 1950. Além de
atuar e escrever para a TV, Chico passou a escrever para o cinema
brasileiro, que, na época, era concentrava sua produção em um gênero bem
particular: a chanchada.
Depois de passagens pelas TVs Tupi, Excelsior e Record, Chico, no
começo de década de 70, estreou seu primeiro programa na TV Globo – na
qual permanece até hoje. Era o Chico Anysio Especial, gravado apenas em
locações externas. Em 1973, lançou um dos seus formatos mais
consagrados, o Chico City, programa humorístico que se passava
em uma pequena cidade do interior por onde passavam os mais variados
tipos criados por ele e que são conhecidos até hoje, como o pai-de-santo
Veio Zuza, o coronel Pantaleão, o ranziza Popó e o ator Alberto
Roberto.
Sempre preocupado em criar novos quadros e personagens, seu programa, ao longo dos anos, foi se modificando. Em 1981, o Chico City deu lugar ao Chico Total. Depois veio o Chico Anysio Show, que ficou no ar até 1990.

O programa de esquetes foi substituído pela A Escolinha do Professor Raimundo,
um grande sucesso à época. O professor Raimundo Nonato – na verdade, um
personagem criado por Chico na década de 50 – comandava uma hilária
turma de alunos. O programa ficou no ate até 1997. No final dos anos 90,
Chico, pela primeira vez, fixou sem um programa fixo na TV Globo,
passando a fazer apenas participações em programas e novelas da
emissora.
Outra paixão de Chico era a música. Na década de 70, lançou dois discos
com o amigo e parceiro profissional Arnaud Rodrigues. Os dois
encarnavam os personagens Baiano e Paulino, ou Caetano e os Novos
Baianos, uma homenagem a Caetano Veloso e Gilberto Gil. A composição
mais famosa de Chico é o forró A fia de Chico Brito, que foi gravada por duas grandes cantoras brasileiras: Dolores Duran e Elis Regina.
Em 2010, publicou o livro de contos Fazedores de histórias, o 22º de sua carreira. Em entrevista a ÉPOCA,
o humorista afirmou que o brasileiro não tem o hábito da leitura. “O
brasileiro não lê, e isso atrapalha muito na hora de lançar livros. Este
não é o país das livrarias, é o país das farmácias”, disse.
Chico foi casado por diversas vezes. É pai do ator Lug de Paula, do
casamento com a atriz Nanci Wanderley, Nizo Neto e Ricardo, da união
como Rose Rondelli, André Lucas, que é filho adotivo, Cícero, da união
com ex-frenética Regina Chaves e Bruno Mazzeo, do casamento com a atriz
Alcione Mazzeo. Seu casamento mais comentado foi com a ex-ministra do
governo Collor Zélia Cardoso de Mello, com que teve dois filhos, Rodrigo
e Vitória. Atualmente era casado com a empresária Malga Di Paula.
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